Por que o Corinthians é o pior adversário possível pro Athletico? | OneFootball

Na briga contra o rebaixamento, o Corinthians se destaca. Não pelo futebol (mal) jogado, que inclusive o colocou na décima oitava colocação, em desvantagem aos concorrentes diretos. Mas pelo mercado feito e o investimento colocado.

Seja este investimento real, ou não, e aqui interpreta-se: se será realmente pago, ou não, é grana que se converteu em reforços. Chegaram Hugo Souza (G), André Ramalho (Z), Alex Santana (V), Charles (V), José Martinez (V), Andre Carrillo (M), Talles Magno (A), Héctor Hernandez (A) e Memphis Depay (A).

Não todos, mas boa parte destes deve ser utilizada pelo técnico Ramon Diaz quando a bola rolar nesta quinta-feira (17), às 20h. Alex Santana e Talles Magno, que se recuperavam de lesões, retornaram na última semana e estão em condições de jogar.

Comandante argentino deve utilizar o melhor que tem à disposição contra o Athletico. O Corinthians tem poupado jogadores nas Copas Sul-Americana e Do Brasil pela urgência da situação no Campeonato Brasileiro.

O Alvinegro Paulista ocupa a zona do rebaixamento e este fato complica ainda mais o cenário da partida. Fosse o Juventude, por exemplo, derrota não necessariamente faria o Athletico cair ainda mais na tabela. Em caso de vitória do clube paulista, o Furacão se torna 16° automaticamente. Se Vitória (vs Bragantino) ou Fluminense (vs Flamengo) somarem três pontos na rodada, empurrariam o rubro-negro para dentro da zona da degola. Ainda mais pressão.

Há relação também com o estádio com maior nível de ocupação no Brasil. A NeoQuímica Arena tem ao menos 90% de sua capacidade preenchida por torcedores em toda partida e os ingressos para o embate contra o Athletico estão esgotados desde a terça-feira (15).

Situação piora ainda mais quando se leva em consideração o fato de que o Furacão nunca venceu desde a inauguração do estádio, em 2014. Fora de casa, o Athletico não vence o Corinthians desde 2009, quando colocou 3 a 1 com gols de Paulo Baier, Wallyson e Wesley.

Partida é tratada como a mais importante do ano em São Paulo, mesmo que o clube encare o Flamengo, no domingo (20), às 16h pelas semifinais da Copa do Brasil.

Reforçado, Corinthians é o pior adversário possível para o Athletico. Foto: Rodrigo Coca/Corinthians

Quando se vê os resultados dos últimos três jogos, porém, a impressão é diferente. Apenas empatar dentro de casa contra o Internacional, em 2 a 2, e perder contra o Flamengo no Maracanã por 1 a 0 e contra o São Paulo, fora, por 3 a 1 não sustenta uma “boa fase”.

Mesmo assim, quando se olha para as atuações, a perspectiva muda. Contra o Inter, 1.96 nos gols esperados, cinco grandes chances criadas e um gol sofrido aos 49 do segundo tempo. Atuação, numa normalidade, para vencer o jogo.

Contra o Flamengo, primeiro tempo abaixo de time mal escalado por Ramon e Emiliano que corrigem para o segundo e colocam duas bolas na trave e uma tirada em cima da linha por Léo Pereira, do Flamengo. Um a zero ficou barato para o rubro-negro carioca.

Duas expulsões condicionaram partida contra o São Paulo e jogo poderia, sim, ter caminhado para um empate, mantida fosse a condição do 11 x 10.

Arriscaria dizer, inclusive, que se o Athletico enfrentasse um dos times da parte de cima da tabela, teria menos dificuldades. A pressão da zona do rebaixamento aumenta ainda mais quando se enfrenta times na mesma briga e, entre eles, o Corinthians é o que mais dá pinta de que vai se livrar de situação incômoda.