MundoBola Flamengo
·28 de dezembro de 2024
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·28 de dezembro de 2024
A direção do futebol brasileiro aponta para a adoção do modelo de SAF para boa parte dos clubes, mas esse tipo de discussão passa longe do Flamengo. Pelo menos, essa é a posição de Ricardo Lomba, presidente do Conselho Deliberativo. O dirigente foi eleito para o posto no dia 16 de dezembro, uma semana depois de Luis Eduardo Baptista, o Bap, ganhar o pleito presidencial do clube.
Na visão de Lomba, o modelo de SAF não serve para o Flamengo, e mesmo aqueles que apoiavam a discussão no passado já largaram o assunto. Além disso, o presidente do CoDe também se colocou contra a ideia.
"Esse assunto no Flamengo já está no 'black book', ninguém quer mais nem olhar para ele. Até quem adorava, em um passado recente, não quer mais saber. Acho que SAF nem pensar", admitiu Lomba.
Por outro lado, Lomba pregou a importância de estudar o modelo e "proteger" o clube, já que vários outros times do futebol brasileiro aderiram ao formato. Com novos donos, naturalmente o investimento aumentou, e o sucesso do Botafogo em 2024 é prova disso. Com os aportes de John Textor, o time carioca venceu o Brasileiro e ainda levou a Libertadores pela primeira vez na história.
Por fim, Lomba admitiu que apoia a alteração de algumas regras do estatuto justamente para dificultar a criação de uma SAF no futuro. Para que qualquer debate sobre o tema seja aprovado, é necessário passar pela Assembleia Geral, com quórum mínimo de 60% dos sócios aptos e dois terços dos votos.
"Acho que SAF nem pensar. Mas acredito que temos de estudar a SAF, saber sobre e conhecer, até para nos protegermos. Não tenho mais medo da SAF, porque no Flamengo, em hipótese alguma, ela vingaria. Mesmo assim, acho que a gente tem que debater o tema, conhecer melhor e colocar no estatuto para que isso jamais aconteça", completou.