Presidente do Fluminense rebate Casares após alfinetada: “Vou refrescar sua memória” | OneFootball

Presidente do Fluminense rebate Casares após alfinetada: “Vou refrescar sua memória” | OneFootball

Icon: Gazeta Esportiva.com

Gazeta Esportiva.com

·05 de outubro de 2024

Presidente do Fluminense rebate Casares após alfinetada: “Vou refrescar sua memória”

Imagem do artigo:Presidente do Fluminense rebate Casares após alfinetada: “Vou refrescar sua memória”

O embate fora de campo entre as diretorias de São Paulo e Fluminense ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira. Presidente do Tricolor carioca, Mário Bittencourt publicou uma extensa nota em suas redes sociais rebatendo as declarações dadas por Julio Casares, presidente do clube paulista.

Bittencourt já havia se posicionado sobre a ida do São Paulo ao STJD pedindo a anulação da partida entre as equipes realizada no último dia 1 de setembro. O Tricolor paulista entrou com a ação alegando um erro de direito do juiz Paulo César Zanovelli.


Vídeos OneFootball


O presidente do Fluminense, em resposta a isso, concedeu coletiva de imprensa e expressou seu descontentamento com a atitude do adversário, dizendo que tal ação fazia com que o Brasileirão voltasse à década de 1990.

Já nesta sexta-feira, em evento em Cotia, Casares conversou com a imprensa e alfinetou o Fluminense, afirmando que o Tricolor das Laranjeiras teria sido beneficiado por mudanças no regulamento do Campeonato Brasileiro de 2000, que se transformou em Copa João Havelange e fez o time carioca subir da Série C direito para a A, sem passar pela Série B.

“Eu vi a declaração do Mário Bittencourt. Gosto do dirigente, é um amigo, mas acho que ele errou, ele derrapou. Porque se a gente voltar para os anos anteriores, a gente pode observar que tiveram times que subiram para a divisão especial passando por cima da regra que foi estabelecida no campo. Isso sim é voltar anos atrás. O que nós temos é trabalhar de acordo com o que a lei nos permite. O São Paulo está lutando porque foi um erro tão claro de direito que tem que ser discutido, ou se não for discutido, vamos anular essa clásula. Porque se tem um erro de direito tão claro como foi, e ele não for analisado, para que existem homens sérios, que estão no STJD, para definir isso? Então é melhor extirpar essa clásula. Acaba com o erro de direito, ela nunca será colocada em prática. Se tem algo previsto na lei e você leva isso a exercício, e todos falam que isso pode ser um mal para o futebol, então tira. Não é mais exequível”, declarou o presidente são-paulino.

Mário Bittencourt, então, não deixou barato e retrucou as declarações de Casares ‘na mesma moeda’. O mandatário do Fluminense mencionou o caso de Sandro Hiroshi. No Brasileirão de 1999, Hiroshi adulterou sua data de nascimento e, por ter sido escalado contra o Botafogo, o São Paulo foi punido pelo STJD com a perda dos três pontos conquistados na vitória.

Os três pontos foram essenciais para o Botafogo, que evitou a queda de divisão e fez com o que o Gama acabasse rebaixado. O clube do Distrito Federal, entretanto, recorreu na Justiça comum e seguiu na Série A, que acabou sendo a Copa João Havelange de 2000, uma vez que a CBF não organizou o Brasileiro daquele ano. Bittencourt, assim, culpa o São Paulo indiretamente por não ter tido um rebaixamento naquele ano.

“Já a memória do Presidente Júlio, por quem tenho o maior respeito, vou refrescar um pouco. Em 96, um escândalo de arbitragem envolvendo outros clubes gerou o não rebaixamento de Fluminense e Bragantino. Por isso jogamos a série A em 97. Em 99, novo problema envolveu justamente o clube do Presidente. Quem não se lembra do São Paulo ter escalado jogador com identidade adulterada (Sandro Hiroshi) para ganhar do Botafogo e depois ver os pontos revertidos ao clube do Rio? A ação na justiça comum foi do Gama para que o Botafogo fosse rebaixado o que gerou a Copa João Havelange. Como os pontos foram dados ao Botafogo, o clube de Brasília foi à justiça e impediu a realização do campeonato do ano 2000. Viu Presidente? Por uma irregularidade do São Paulo não houve rebaixamento em 99 e o beneficiado direto não foi o Fluminense”, escreveu o dirigente do clube carioca.

Bittencourt ainda alfinetou Casares mais uma vez, criticando o mandatário são-paulino por ter acionado o STJD para a anulação do duelo, que terminou em vitória do Flu por 2 a 0.

“Presidente Júlio, se a ‘moda pega’ e a cada rodada os clubes adotem medidas como a sua? Terminaremos o campeonato quando? Assim que vamos falar em Liga? Ao longo de 2023 o Fluminense foi prejudicado diversas vezes, mas não buscou anular partidas no STJD. Presidente Júlio, vamos usar menos a mídia e as redes sociais e trabalhar pelo futebol brasileiro. Você é muito importante para o futuro da Liga !!”, finalizou o presidente do Fluminense.

Veja a nota completa publicada por Mário Bittencourt nesta sexta-feira:

Lamento a entrevista do Presidente do São Paulo. Demonstra desconhecimento sobre STJD, sobre o Fluminense e o São Paulo. Em entrevista recente fui perguntado sobre o tema e falei que, do ponto de visto jurídico, achava absurdo o pedido de tentar anular a partida por ALEGADO erro de arbitragem. Alegado porque, no lance, a falta foi a favor do Fluminense que não se beneficiou. Todos os princípios desportivos foram cumpridos sem interferência no resultado. Esses são os fatos. Já a memória do Presidente Júlio, por quem tenho o maior respeito, vou refrescar um pouco. Em 96, um escândalo de arbitragem envolvendo outros clubes gerou o não rebaixamento de Fluminense e Bragantino. Por isso jogamos a série A em 97. Em 99, novo problema envolveu justamente o clube do Presidente. Quem não se lembra do São Paulo ter escalado jogador com identidade adulterada (Sandro Hiroshi) para ganhar do Botafogo e depois ver os pontos revertidos ao clube do Rio? A ação na justiça comum foi do Gama para que o Botafogo fosse rebaixado o que gerou a Copa João Havelange. Como os pontos foram dados ao Botafogo, o clube de Brasília foi à justiça e impediu a realização do campeonato do ano 2000. Viu Presidente? Por uma irregularidade do São Paulo não houve rebaixamento em 99 e o beneficiado direto não foi o Fluminense. Por fim, em 2013, dois clubes escalaram jogadores irregulares na última rodada e foram denunciados pelo STJD. O Fluminense foi terceiro interessado e exigiu apenas o cumprimento da regra, que previa a retirada de pontos dos clubes infratores. Em nenhum dos casos o Fluminense infringiu a regra. Exatamente como agora onde venceu por 2 x 0, sem nenhum erro que o beneficiasse. Imagine, Presidente Júlio, se a “moda pega” e a cada rodada os clubes adotem medidas como a sua? Terminaremos o campeonato quando? Assim que vamos falar em Liga? Ao longo de 2023 o Fluminense foi prejudicado diversas vezes, mas não buscou anular partidas no STJD. Presidente Júlio, vamos usar menos a mídia e as redes sociais e trabalhar pelo futebol brasileiro. Você é muito importante para o futuro da Liga !!“.

Entenda a confusão entre São Paulo e Fluminense

A confusão entre São Paulo e Fluminense teve início após o jogo da 25ª rodada do Brasileirão, em que o time do Morumbi foi derrotado por 2 a 0. Após o duelo, a diretoria do Tricolor paulista acionou o STJD por entender que houve erro de direito em uma decisão do árbitro Paulo César Zanovelli.

O árbitro do confronto confirmou o primeiro gol do Fluminense após dar vantagem em um lance de falta, deixando de lado uma ajeitada de mão do zagueiro Thiago Silva na origem da jogada.

A grande questão é que Zanovelli foi chamado pelo VAR para revisar o lance e poderia ter corrigido o erro que o Tricolor paulista alega. No entanto, o juiz explicou que deu a vantagem no lance e manteve a decisão do gol.

O São Paulo, então, foi ao STJD pedindo a anulação da partida. O caso ainda não foi julgado e acabou sendo adiado, sem data definida até o momento. Na última quinta-feira, porém, Paulo César Zanovelli foi julgado e pegou uma suspensão de 15 dias, sendo impedido de apitar jogos neste período.

Este navegador não é compatível. Use um navegador diferente ou instale o aplicativo

video-poster
Saiba mais sobre o veículo