AVANTE MEU TRICOLOR
·19 de janeiro de 2025
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·19 de janeiro de 2025
Ruan disputa bola com flamenguista neste domingo (Rafael Ribeiro/FC Series)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
O São Paulo continua sem vencer na temporada.
Na tarde deste domingo (19), em seu segundo jogo oficial do ano, a equipe entrou com força ofensiva máxima em campo, o quarteto Ferreirinha, Oscar, Lucas e Calleri, mas mesmo assim ficou no empate sem gols com o Flamengo, no segundo e último amistoso da FC Series, nos EUA.
Foi uma partida de rotação baixa, com ambas as equipes privilegiando a posse de bola e sem conseguir construir oportunidades efetivas de abrir o placar na maior parte do tempo.
O São Paulo foi mais perigoso na segunda metade do primeiro tempo, quando acertou a marcação dos alas flamenguistas, obrigou o adversário a sair de sua proposta inicial de jogo e com isso conseguiu criar os espaços necessários para a articulação.
Mesmo assim, de chance concreta, conseguiu só um cabeceio de Calleri brilhantemente defendido pelo goleiro adversário.
Na etapa final, Luciano entrou para tentar uma movimentação diferente, mas ficou pouco tempo em campo após sofrer uma pancada na cabeça e os médicos não conseguirem estancar o sangramento.
O clube do Morumbi encerra sua passagem pelos EUA com dois empates. O Tricolor não vence no país norte-americano desde 2004, quando bateu o LA Galaxy por um amistoso. Já são 21 jogos na terra do Tio Sam desde então.
Findada a pré-temporada, o ano começa para valer com a disputa do Campeonato Paulista, primeiro desafio do ano. O São Paulo estreia às 20h (de Brasília) desta segunda-feira (20), fora de casa, contra o Botafogo. O time desse jogo será formado em sua maioria por reservas e joias da base que disputam a Copinha.
Entrando em campo com uma esquematização considerada ideal pela torcida, isso é, com um trio formado por Ferreirinha à esquerda, Lucas à direita, Oscar centralizado e Calleri de centroavante, o São Paulo demorou a engrenar.
Em uma partida de ritmo mais cadenciado que o apresentado no empate com o Cruzeiro no meio de semana, o time tricolor apresentou mais dificuldade do que o previsto para conseguir articular melhor suas peças ofensivas.
Melhor para o Flamengo, que aproveitando a fragilidade defensiva são-paulina, principalmente pelo lado direito, com Igor Vinícius, se mostrava mais volumoso no ataque, ainda mais com Bruno Henrique tendo liberdade para receber e avançar.
Não que isso significasse chances efetivas (de ambos os lados). Pelo contrário. Com a marcha lenta de ambas as equipes, a sensação era de um jogo insosso, de pouca criatividade e, por consequência, de chances efetivas.
Tudo muda, contudo, a partir dos 28. Após Zubeldía puxar Alisson para reforçar a marcação pela direita e obrigar o Flamengo a adiantar suas linhas para conseguir alguma articulação ofensiva, os espaços apareceram. E junto deles elementos definidores.
Na primeira grande chance tricolor, Pablo Maia pega a bola na entrada da área e acaba desarmado. O rebote fica com Ferreirinha, que finaliza de frente com o gol, mas acaba bloqueado.
O ímpeto cresceu. E por mais que os cariocas continuassem a aparecer com algum perigo, a melhor chance do jogo ficou com o São Paulo. Aos 40, Ferreirinha, pela direita, cruzou na medida para Calleri testar com vontade e exigir excelente defesa de Rossi.
Na volta do intervalo, Zubeldía sacou Lucas, colocou Oscar em uma inédita função de meia-direita e Luciano flutuando, mas o São Paulo continuou apostando na rotação de ataque, girando as peças e tentando pegar a marcação flamenguista de surpresa.
Com o Flamengo trocando quase que um time inteiro, o jogo caiu naquela pasmaceira de troca de passes sem grandes objetividade. Para piorar pelo lado tricolor, Luciano sofreu uma pancada na cabeça, começou a sangrar em parar e teve de deixar o campo, afetando ainda mais o rendimento ofensivo.
De chance concreta, mesmo, só aos 29, quando Ferreirinha (de novo) cruzou na medida para Erick dominar dentro da área, olhar e bater colocado, quase sendo ajudado pelo desvio involuntário.
Mais entrosado e melhor fisicamente, o São Paulo continuou ditando o ritmo do jogo, mas sem conseguir transformar isso em chance real. Aos 45 veio a segunda grande oportunidade da etapa final, com Bobadilla arriscando chute perigoso de fora da área. Mas foi só.