Gazeta Esportiva.com
·10 de novembro de 2023
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·10 de novembro de 2023
A final da Liga Nacional de Futebol Feminino (NWSL) neste sábado (11) em San Diego, Califórnia, marcará a despedida da bicampeã mundial Megan Rapinoe, em um momento em que a modalidade entra em uma nova era em solo americano.
Após a vitória sobre o San Diego Wave FC na semifinal, o OL Reign prolongou por mais alguns dias a carreira de Rapinoe, que dará adeus aos gramados na final do campeonato contra o Sky Blue FC.
“Vai ser minha última partida. É a sonhada final, o que falta é ganhar”, disse a atacante no domingo, depois da vitória por 1 a 0 na semifinal.
Feminista e ferrenha defensora dos direitos LGBTQIA+, a jogadora de 38 anos terá a oportunidade de conquistar o único título que falta em sua carreira de sucesso. Rapinoe faturou o ouro olímpico em 2012 e foi campeã do mundo em 2015 e 2019, ano em que foi eleita pela Fifa como a melhor jogadora do mundo.
A atleta se despediu da seleção americana em setembro, em um amistoso contra a África do Sul. Ao longo de 17 anos, marcou 63 gols em 203 partidas com a camisa dos Estados Unidos.
Nova era
Rapinoe dá adeus aos gramados em um momento em que a liga americana está entrando em uma nova era, sobretudo financeira.
A NWSL anunciou na quinta-feira (9) que vendeu seus direitos de transmissão por US$ 240 milhões (R$ 1,1 bilhão, na cotação atual) por quatro anos para ESPN, CBS, Prime Video e Scripps, um valor 40 vezes maior que o contrato atual. O novo acordo prevê a transmissão de 118 jogos por temporada, em vez de 30.
“Este acordo muda profundamente as coisas para o nosso campeonato e para as jogadoras que pisam nos gramados a cada fim de semana”, afirmou a comissária da liga, Jessica Berman.
Alcançamos o objetivo de “colocar as partidas à disposição dos torcedores e de uma nova audiência (…) gerando ao mesmo tempo as receitas que nossas jogadoras merecem e nossos investidores esperam”, acrescentou.
A última partida da veterana será uma disputa pelo título protagonizada pelo OL Reign e o Gotham, duas equipes que terminaram em quarto e sexto lugar, respectivamente, na temporada regular, e que conseguiram vencer as melhores equipes nas semifinais (San Diego e Portland), antes dos playoffs.
A despedida de Rapinoe não será a única da noite. Também será a última partida de Ali Krieger, capitã do Gotham e outra figura emblemática do futebol feminino nos EUA. Ela disputou 108 partidas por sua seleção e também foi bicampeã mundial.