Deus me Dibre
·12 de maio de 2024
Deus me Dibre
·12 de maio de 2024
O técnico Fernando Seabra falou após a vitória do Cruzeiro sobre o Atlético Goianiense, em Goiânia, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. O comandante destacou que já antecipava uma partida difícil devido à consistência e à abordagem tática do Atlético-GO. Ele ressaltou que a equipe estava ciente de que enfrentaria momentos de pressão e perigo, demonstrando maturidade ao lidar com essas situações:
“Sabíamos da dificuldade que iríamos encontrar aqui, uma equipe que vinha com uma linha de trabalho estabelecida e bastante consistente nos seus comportamentos. Estava claro que teríamos que saber passar por momentos de dificuldade no jogo e o nosso time conseguiu ter essa maturidade se adaptando ao jogo nesse sentido. Pontuamos muitas coisas no intervalo, uma delas que, de novo, mantivesse a tranquilidade e focasse no momento decisivo porque teríamos chance de vencer o jogo. A equipe teve o mérito de na reta final do jogo conseguir ter uma certa imposição e empurrar o adversário. Numa dessas, o Matheus bem colocado numa zona onde ele é bom finalizador teve a felicidade de ser muito preciso.”
Seabra destacou que o Cruzeiro estava lidando com um período de desgaste intenso e que a entrada dos substitutos foi fundamental para o desempenho da equipe. Ele enfatizou que o momento certo para fazer as substituições é um dos maiores desafios para um treinador. Apesar de os jogos nem sempre seguirem exatamente o que foi planejado, as mudanças permitiram que o time se recuperasse fisicamente e crescesse ao longo da partida.
“A gente tenta mostrar para os jogadores que estamos tendo vantagem e as que o adversário estão tendo sobre a gente. O jogo se desenrolou próximo do cenário que esperávamos, o Atlético-GO fazendo uma pressão individual nos tiros de meta e a gente tentando quebrar essa pressão com bola média, longa e outras vezes curta e atacar o fundo do campo. Fizemos um bom primeiro tempo nas bolas paradas defensivas, mas além da conversa do vestiário, o fator primordial é a isonomia com que a gente tem trabalhado o grupo. Todos os jogadores tem carga de treino e atenção igual, as entradas no jogo foram muito boas. A gente vem de um cansaço excessivo e os jogadores que entraram conseguiram elevar o nível de rotação. Esse foi o fator primordial, todos entenderem e serem capazes num momento correto durante a partida.”
Seabra destacou o crescimento de Vitinho ao encarar os desafios com determinação diante da adversidade. Ele ressaltou que o jogador aprimorou significativamente seu desempenho nos jogos e nos treinamentos. Inicialmente conhecido por sua habilidade como camisa 10, com destaque para passes e finalizações, Vitinho foi reconhecido por sua capacidade em espaços reduzidos, porém precisava melhorar em espaços mais amplos. Por isso, ele foi testado em diferentes posições, inclusive como lateral esquerdo na Copinha, o que contribuiu para seu desenvolvimento e o deixou mais preparado:
O Vitinho é um jogador que cresceu muito no processo do Sub-20, aumentando demais sua taxa de trabalho em treino e em jogo. Quando veio da Ponte Preta era um camisa 10 que jogava mais próximo do centroavante, mais no corredor de central, como um jogador de definição e assistência. A gente entendia que ele era muito bom em espaço reduzido, mas precisava potencializar nos espaços de velocidade do jogo. Usar ele como média ora por dentro, ora por fora ou atacando a última linha do adversário. Aumentar sua dinâmica de jogo e ele respondeu muito bem no ano passado. Ainda na Copa São Paulo, precisou ser utilizado em várias partidas como lateral-esquerdo e elevou demais o nível de competitividade e deu conta. Tinha muita segurança de que ele seria competitivo e daria conta e naquele momento do jogo a gente precisava de uma dinâmica no meio e na lateral esquerda pra ele fazer dobra e dar mais opção pro Marlon. O Vitinho reuniu essas características e o jogo pedia naquele momento um jogador com rupturas naquele espaço.
Seabra explicou que escolheu trazer Jhosefer devido ao seu comprometimento e domínio das atribuições nos treinamentos. Ele deixou claro que, caso Jhosefer mantenha seu desempenho, continuará na equipe principal, mas se houver oscilações, terá mais tempo para se desenvolver na equipe sub-20.
Vai depender dele. Se o desempenho dele for nesse nível, vai ser questão de mérito ele continuar. Se ele tiver oscilando demais e precisar de tempo, daremos no Sub-20. O jogador da base quando inicia essa transição ao profissional ele tem o privilégio de ser utilizado para ganhar ritmo de jogo no Sub-20, outros do profissional que não tem idade não podem. A gente tem o Pedrão que tem treinado, o Vitinho que tem treinado, em algum momento que era necessário jogar voltaram pro Sub-20 e jogaram.
O Cruzeiro encerra o final de semana ocupando a quinta posição na tabela, acumulando 10 pontos em cinco jogos, com três vitórias, um empate e uma derrota. O próximo desafio do Cruzeiro será contra o Unión La Calera, marcado para quinta-feira, dia 16 de maio, às 21h, no Estádio Independência. O confronto faz parte da quinta rodada do Grupo B da Copa Sul-Americana.
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