Zerozero
·08 de outubro de 2024
Zerozero
·08 de outubro de 2024
No decorrer do ano passado, a questão levantou-se de forma recorrente: «E quando é que o FC Porto passa a ter uma equipa feminina?». Consumou-se.
Daniel Chaves foi revelado como treinador e a primeira contratação chegou diretamente da Liga BPI. Cláudia Lima deixou o Valadares Gaia e rumou à nova equipa vizinha para ser capitã.
O plantel compôs-se com nomes das mais variadas divisões - entre eles, Inês Valente, que chegou do Boavista - e a certeza era uma: começar imediatamente o projeto na terceira divisão nacional. Concretizou-se.
Dia 1 de setembro ficou marcado na história do FC Porto como o arranque perante os seus adeptos, mas também no panorama nacional. Afinal, estiveram 31.093 no Estádio do Dragão a assistir ao duelo perante a também recém-criada UD Leiria - recorde nacional de assistência.
Pouco mais de um mês depois de um dia histórico, Daniel Chaves e Inês Valente foram convidados pelo zerozero para uma conversa sobre o projeto, como tudo surgiu e sobre o que augurar para o futuro portista.
O eco da gestão de expectativas, o sentido de responsabilidade e também da disciplina foram tópicos consistentes durante toda a conversa. Entre sorrisos nervosos e a confiança nas palavras, o futuro - segundo o treinador de 33 anos - fixa-se num projeto pensado de época a época.
Inês Valente - mais contida, mas sempre sorridente -, recordou o dia no Estádio do Dragão como um dos mais felizes da carreira até hoje e garantiu que ainda não lhe caiu a ficha. «Antes do jogo, eu disse que iam estar lá três mil pessoas e, mesmo assim não estava confiante.»
A médio estuda Medicina e frequenta o terceiro ano do curso. Aos 20 anos, concilia a vida entre o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e o Olival. Num ramo tão exigente, a própria afiança que com disciplina tudo é possível.
Entre a faculdade e o futebol, Daniel Chaves e Inês Valente fizeram um autêntico exame ao FC Porto. Já disponível em todas as plataformas!