
Central do Timão
·07 de maio de 2025
Técnico do Corinthians fala sobre posicionamento de Breno Bidon e é questionado sobre recuperação de Garro

Central do Timão
·07 de maio de 2025
Na noite da última terça-feira, 6 de maio, o Corinthians recebeu o América de Cali-COL, na Neo Química Arena, pela quarta rodada da fase de grupos da Conmebol Sul-Americana e empatou pelo placar de 1 x 1. O gol Alvinegro foi marcado pelo atacante Memphis Depay. Com o resultado, o clube do Parque São Jorge se manteve na terceira posição do Grupo C com cinco pontos (uma vitórias, dois empates e uma derrota) – quatro gols marcados e quatro sofridos.
Após o encerramento da partida, o técnico Dorival Júnior concedeu entrevista coletiva e explicou o posicionamento de Breno Bidon. Na noite de ontem, o camisa 27 e Filho do Terrão atuou como meia-armador, posição em que o comandante corinthiano acredita que seja a sua.
Foto: Rodrigo Coca /Agência Corinthians
“Posse de bola na equipe adversária, precisamos preencher o meio. (Breno) Bidon não é volante, tem as características de meia. Coronado vai ganhando espaço. A intenção principal é ter preenchimento maior para igualar a troca de passes da equipe adversária. Acredito que no segundo tempo tenhamos melhorado consideravelmente, encurtamos o campo, começaram a ter menos posse, mas precisamos de muito para encontremos uma regularidade na equipe em uma partida”, iniciou.
Em seguida, Dorival foi questionado sobre o processo de recuperação de Rodrigo Garro, que não atua desde o dia 27 de março com uma tendinopatia patelar no joelho direito. Ele também afirmou que ainda não tem um posicionamento sobre a situação do volante José Martínez, que deixou a partida ainda na primeira etapa com dores musculares.
“Ainda não tenho posição final sobre Martínez. Garro ainda não iniciou o processo de transição. Ainda é mais cedo de uma avaliação mais segura para que tivéssemos uma definição de possível data. Teríamos que tê-lo em campo. Ele está entregue e fazendo os trabalhos na academia”, continuou.
Posteriormente, ao falar sobre o nível físico da equipe para o decorrer da temporada, citou a importância de entrar em campo com quem apresentar as melhores condições físicas, o que torna necessário o rodízio do elenco: “Dois dias e meio é difícil manter o mesmo dia de atuação. Isso talvez seja o maior complicador do futebol brasileiro. Martínez, em um esforço excessivo, uma lesão muscular. Jogamos há dois dias e meio atrás, a recuperação é curta. Estamos implantando o que penso taticamente. O trabalho é diário. Tudo o que fazemos são trabalhos táticos. Não me reporto a outro tipo de trabalho se não táticos ou bola parada.”
“De modo geral, está sendo implantado o que queremos. O desenvolvimento é contínuo. O principal é ter uma equipe recuperada em campo. Se entrássemos com uma equipe cansada com o Inter, provavelmente não teríamos o resultado que alcançamos. Fisicamente não alcançamos os resultados que queríamos”, prosseguiu.
Confira abaixo outras respostas do treinador corinthiano na coletiva:
Mudanças na segunda etapa
“Não só colocar mais gente (no ataque). Passamos a ter mais a posse. Tínhamos uma boa estatura em campo. Se tivéssemos um pouquinho mais de sorte nas bolas alçadas e trabalhadas, como aconteceu na partida anterior, poderíamos ter tido um resultado melhor. O meio, naturalmente, ficou exposto.”
“Com Memphis flutuando, tínhamos um meia de ligação na figura dele, porque nós entramos com os dois homens mais abertos buscando amplitude maior. Seguramos mais os laterais no primeiro tempo que poderíamos ter mais a passagem dos laterais. Não conseguimos ter apoio dos laterais. Tem situações que planejamos, mas tem adversários que pensa e pode ser ruim para neutralizar. Basicamente o jogo se resume a isso.”
Dificuldades no setor defensivo – 36 gols sofridos em 32 jogos em 2025
“Para mim, tudo parte de um único princípio. Não encurtamos a lateral de campo, trocaram um passe, aí estoura na última linha. Nem sempre a última linha de zaga tem que assumir por completo as responsabilidades de um resultado negativo. Chama a atenção o número de jogos? Sim, chama, temos que ter cuidado maior. Nas duas partidas anteriores, com equipe recuperada, bem em campo, demos uma amostra do que podemos realizar. Podemos, em pouco tempo, ter uma condição diferente neste sentido.”
E o lateral-esquerdo Diego Palacios – última opção?
“Temos quatro laterais (além dele, Fabrizio Angileri, Matheus Bidu e Hugo Farias). Conhecia mais os outros três, por isso no momento de uma chegada, vou optar pelos que conheço, até falei isso com ele. Ele vem se entregando nos treinamentos, quem sabe possa ter a qualquer momento uma oportunidade.”
Volante Maycon ganhando espaço – análise da atuação
“Todos nós acompanhamos um pouco da trajetória desse atleta atuando adiantado. Acho que ele tem perfil interessante para a posição, um pouquinho diferente do Raniele. Podem jogar juntos em algum momento. É questão de opção para hoje. Queríamos transição de bola rápida, buscamos fazê-lo com os atletas que foram a campo. Acho que é isso. O maior desafio de um profissional é que tenha rapidamente o diagnóstico do que venha acontecendo para que não se repitam ou ainda maior que nos cause uma situação desconfortável. Enfrentamos uma equipe interessante, uma equipe difícil de se jogar.”
Pretende realizar mudanças para a partida contra o Mirassol pelo Brasileirão?
“Não é que a equipe esteja mal fisicamente. A recuperação de uma partida com a outra é extrema, muito curto o período. Teremos 10 jogos nesse mês. O que acredito é que neste momento o time que esteja fisicamente recuperado terá uma condição maior de envolver o seu adversário. Eles abriram mão do jogo anterior, no domingo estavam aqui e focaram por completo neste jogo. Tivemos um jogo muito corrido, decidido no último terço, e dois dias e meio estávamos em campo de novo. Uma equipe com mais energia, mais inteira, para disputar a todo momento.”
Romero no banco e elogio para Yuri Alberto
“Fato importante. São jogadores realmente com uma história e devem ser respeitados. É uma história rica de cada um. Jogador que saia e tem as portas abertas, retornando e dando a mesma resposta, é um fato importante. Romero é importante para nosso grupo. Não iniciou essa partida hoje porque preciso sacrificar em algumas partidas para rejuvenescer jogadores que tiveram desgaste grande que não conseguem alcançar a recuperação. Yuri é um jogador que temos uma confiança grande. Conheço ele desde 16,17 anos, na base do Santos. Sei da qualidade que tem e vai nos ajudar muito nesse processo.”
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