Gazeta Esportiva.com
·20 de dezembro de 2024
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·20 de dezembro de 2024
O São Paulo tem o sonho de repatriar Oscar para a temporada de 2025. A negociação, porém, não é nada simples. Os dirigentes tricolores sabem da dificuldades, mas não jogam a toalha pelo meia que estava há oito anos na China.
Os números de Oscar no futebol asiático, aliás, são expressivos. Ele possui, ao todo, 245 jogos pelo Shangai Port, com 76 gols e 110 assistências.
Ele iniciou sua trajetória no time chinês em 2017. Logo na primeira temporada, distribuiu dez assistências e guardou dez tentos em 40 partidas disputadas.
Sua melhor temporada foi justamente a última, em 2024. Ele concedeu incríveis 29 passes para gol em 39 jogos. Isso além dos 16 gols marcados. Até então, sua melhor época havia sido 2018, quando também estufou as redes 16 vezes e deu 18 assistências.
O único ponto de preocupação é o números de compromissos disputados por temporada. O jogador nunca passou de 40 partidas em uma só época na China. A efeito de comparação, neste ano, o São Paulo realizou 68 jogos.
Antes de desfilar na China, Oscar defendeu o Chelsea ao longo de quatro temporadas. Na Inglaterra, foram 38 tentos e 30 assistências em 203 partidas. Entre 2012 e 2013, seu primeiro ano pelo time londrino, o meia chegou a disputar 64 embates.
Já pelo Internacional, equipe a qual ele defendeu por três anos, foram 19 gols e nove assistências em 70 jogos. Com a camisa do São Paulo, clube que o revelou, Oscar disputou apenas 14 partidas profissionalmente.
O atleta de 33 anos também serviu a Seleção Brasileira. Ele entrou em campo pela Canarinho 48 vezes, com 12 gols e 13 assistências. Ele disputou a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e foi autor do único tento do país na derrota de 7 a 1 para a Alemanha, pela semifinal do torneio.
Operação difícil
Apesar da declaração do presidente Julio Casares de que o São Paulo ainda não desistiu de Oscar, a diretoria entende que a operação é difícil e precisa superar alguns obstáculos para viabilizar o reforço.
O primeiro entrave é econômico. Oscar acostumou-se a um salário astronômico ao longo dos oito anos que defendeu o Shanghai Port, da China. O Tricolor, que vive dificuldades financeiras, não conseguiria competir com a quantia que o meio-campista recebia no futebol asiático.
Além disso, o São Paulo sabe que terá concorrência de outros clubes no mercado. Recentemente, o Flamengo chegou a ficar muito perto de contratar o jogador, mas as conversas não evoluíram. Segundo Casares, a prioridade da família de Oscar não é retornar ao Brasil.
Por fim, o clube tricolor teme a represália da torcida por conta da maneira tumultuada que Oscar deixou o São Paulo, no início de sua carreira.
Revelado em Cotia, ele forçou a sua saída do time tricolor e chegou a entrar em disputas judiciais para se desvincular do clube, em 2009, quando tinha apenas 18 anos. A novela só teve fim após dois anos e meio, quando o São Paulo fez um acordo para liberá-lo ao Internacional. Depois de destacar-se no Colorado, ele foi vendido ao Chelsea.
A vinda de Oscar ainda depende de saídas no atual elenco do Tricolor. O clube precisará diminuir sua folha salarial e, caso não vender jogadores do plantel atual, não conseguirá viabilizar o reforço.
De olho no próximo ano, a diretoria do São Paulo trabalha com a ideia de austeridade financeira e promete contratar reforços de forma pontual, sem investimentos altos. A possível vinda de Oscar vai ao contrário dos planos, porém, os dirigentes entendem que o meia acrescentaria qualidade técnica ao time, e o esforço valeria a pena.