Weigl retorna à Bundesliga e dá mais motivos para se acreditar na recuperação do Gladbach | OneFootball

O Borussia Mönchengladbach ganha novos ares importantes na atual temporada. Desde a conflituosa saída de Marco Rose, passando pela malfadada aposta em Adi Hütter, os Potros davam a impressão de produzir abaixo do que poderiam. A chegada de Daniel Farke ao comando garantiu novo impulso e o início na Bundesliga é positivo, como bem se viu no empate recente com o Bayern de Munique. E se o mercado de transferências se voltou mais a preservar destaques do que a buscar novos jogadores, o Gladbach ganha uma boa adição bem no fechamento da janela. Aos 26 anos, Julian Weigl chega por empréstimo do Benfica.

Weigl possui uma boa reputação na Bundesliga. O volante surgiu de maneira bastante precoce no Munique 1860, onde atuou inclusive como capitão na segunda divisão. O Borussia Dortmund contratou o talento e viu uma temporada de estreia espetacular, que rendeu até vaga na Euro 2016 com a seleção da Alemanha. Também atuou em alto nível com Thomas Tuchel em 2016/17, quando se destacava pelos passes longos e pela boa cobertura defensiva. A mudança de comando depois disso, porém, coincidiu com uma abrupta queda de rendimento do jovem. Não se encontraria mais no Signal Iduna Park.

A despedida de Weigl do Dortmund em dezembro de 2019 carregava uma ponta de frustração. Até como zagueiro ele foi usado, sem render, e foi mais um dos jogadores que pareciam insuficientes às fragilidades defensivas do BVB. O Benfica oferecia uma nova oportunidade, num ambiente diferente e também numa liga de menor nível técnico. Foi onde o alemão voltou a render bem. Não conquistou títulos pelos encarnados, num momento instável do clube nos bastidores. De qualquer maneira, conseguiu readquirir a confiança e virou um ponto de referência na cabeça de área dos benfiquistas, sobretudo no sucesso recente pela Champions.

A recuperação de Weigl rendeu seu retorno à seleção da Alemanha com Hansi Flick, convocado para a Data Fifa de março. Quando poderia crescer mais com o Benfica a partir da chegada de Roger Schmidt, porém, perdeu espaço e indicou o seu desejo de sair. O Gladbach pode garantir mais visibilidade em seu desejo de disputar uma Copa do Mundo. Também pode ser uma equipe que se casa melhor ao seu estilo de jogo, considerando o trabalho de posse feito por Daniel Farke, diferentemente da verticalidade de Schmidt no Estádio da Luz.

O encaixe de Weigl não será problema no Borussia Park. O cabeça de área nas primeiras rodadas da Bundesliga foi Christoph Kramer, na descendente. O novo reforço chega como uma opção melhor para se combinar com Kouadio Koné e Florian Neuhaus. Será uma trinca excelente para as perspectivas do Gladbach em buscar pelo menos uma vaga nas copas europeias – objetivo que parece vivo pelas primeiras apresentações desta temporada, com a equipe ainda invicta.

O outro reforço do Gladbach que causa impacto imediato neste início de temporada é Ko Itakura, que garantiu seu lugar no miolo da zaga. O meio-campista Oscar Fraulo e o ponta Nathan Ngoumou demandam uma adaptação maior – são jovens e ainda não estrearam. Weigl desembarca com tarimba para ser a principal face do clube nesta janela e, quem sabe, possibilitar uma guinada em relação ao que foram os últimos meses no Borussia Park.