MundoBola Flamengo
·10 febbraio 2025
Flamengo pede e Ferj altera horário do jogo contra o Vasco
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MundoBola Flamengo
·10 febbraio 2025
A Ferj alterou o horário do clássico entre Flamengo e Vasco. O jogo acontece no sábado (15), e seria realizado às 16h30 (horário de Brasília). Mas o calor excessivo se tornou motivo de reclamação.
O próprio Flamengo enviou uma solicitação para a Ferj desejando que o horário da partida contra o Vasco seja alterada. Agora, o clássico vai acontecer às 21h45.
Tiveram muitas discussões sobre o horário por conta do calor que faz no Rio de Janeiro. Após a solicitação do Rubro-Negro, não existiu discussão entre os clubes.
De acordo com a nota do Flamengo, a solicitação também foi encaminhada aos detentores de direitos de transmissão, e aconteceu na manhã dessa segunda-feira (10).
O horário mudado oficialmente é o do jogo contra o Vasco, mas tudo indica que a intenção é alterar todas as partidas que tenham esse horário.
Diretor de futebol do Flamengo, José Boto afirma que os demais clubes concordaram com o clube, o que inclui os vascaínos.
"Pedimos à Federação e aos outros clubes para não jogar essa hora e todos foram sensíveis. Existem muitas questões, a qualidade do espetáculo. Lembro que quando estava na Europa, vi muitos jogos desse horário e questionávamos sobre isso. Acho que estamos a passar uma imagem que não é a que o futebol no Brasil tem", se preocupa.
Boto lembra ainda que o horário ruim impede a utilização dos mesmos jogadores sempre, minimizando os minutos das principais estrelas em campo.
"Temos também questões de que não vamos usar os melhores jogadores sempre, o que seria melhor para o espetáculo. Não podemos matar os jogadores", avisa.
A entrevista de José Boto, publicada pelo Flamengo, aponta ainda para a temperatura que o campo de futebol chega no calor do Rio.
"Jogar com intensidade razoável nessa temperatura. Não tem como. A temperatura do solo chega a 45, 50 graus. Existe o desgaste dos jogadores. Para o bem de todos, do espetáculo, do que a imagem do futebol brasileiro pede, não jogar essa hora", explica.
Outros três nomes comentaram o pedido do clube, e o médico Fernando Sassaki citou a sensação térmica.
"No último jogo, teve o registro de sensação térmica acima de 40 graus. Os efeitos da hipertermia e a sensação aumentada do calor geram diminuição da performance. O Flamengo entende que tem o horário da televisão, mas acima de tudo está o bem-estar e a saúde do atleta", inicia.
Sassaki alerta ainda para a diferença físicas dos atletas nos jogos do Rio para a pré-temporada.
"Sempre será uma preocupação nossa. É nítido os sintomas que os atletas têm apresentado no fim dos jogos em comparação com a pré-temporada, em temperatura mais amena (nos EUA)", conclui.
O preparador físico Diogo Linhares teme pela desidratação dos atletas.
"Quando nós jogamos em temperaturas extenuantes, como a do calor do Rio, tem influência direta no desempenho. Causa desidratação, que influencia diretamente na performance. Essa desidratação provoca percepção de cansaço", explica.
O fisiologista Claudio Pavanelli concorda, também se preocupando com a desidratação.
"Primeiro, temos que entender o todo. Estamos em uma situação de início de temporada, extremamente longa. Jogando no Rio de Janeiro, nesses horários, a grande preocupação é a desidratação e a manutenção do rendimento dos atletas em alto nível", comenta.
Claudio fala ainda sobre a dificuldade da recuperação dos jogadores.
"Temos a preocupação na hora do jogo, como esses atletas estão sendo desgastados e como vamos recuperar para o próximo jogo. Essa sequência de jogos em temperatura elevada nos preocupa muito. Todos os clubes enfrentam esse problema do estresse térmico, o desempenho acaba caindo", finaliza.