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Zerozero

·06 de abril de 2025

A tranquilidade dos 35

Imagem do artigo:A tranquilidade dos 35

Triunfo que pode muito bem significar a tranquilidade do Moreirense no que às contas da manutenção diz respeito. Na deslocação a Barcelos, os cónegos venceram pela margem mínima (0-1) e continuam invictos desde que Cristiano Bacci assumiu a equipa, agora nos 35 pontos. Já o Gil Vicente perdeu uma excelente oportunidade de aumentar a diferença pontual em reação ao lugar de playoff detido atualmente pelo AFS.

Tal como seria de prever com poucas mudanças face aos duelos da passada jornada, galos e cónegos apresentaram apenas uma novidade nos respetivos escalamentos iniciais. Forçados a mexer por força da componente disciplinar que assolou as presenças de Tidjany Touré e Sidnei Tavares, César Peixoto e Cristiano Bacci apostaram em Jordi Mboula - surgiu à esquerda do ataque - e Rúben Ismael - compôs o miolo visitante com Lwarence Ofori.


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Entre uma equipa em retoma depois do regresso às vitórias no Estádio do Bessa e outra que ainda não sabe o que é perder com Bacci ao leme, Gil Vicente e Moreirense protagonizaram um início de jogo pouco entusiasmante. Com a quota-parte de posse de bola para cada uma das cores, as balizas demoraram a surgir no horizonte dos largos milhares de espetadores que se deslocaram ao Estádio Cidade de Barcelos.

De longe o mais inconformado com a monotonia registada, Guilherme Schettine obrigou Andrew a sujar o equipamento com um remate em zona idêntica ao golo anotado na passada jornada diante do Vitória SC. Estavam jogados 24' quando este primeiro lance de perigo surgiu! Quase de seguida e na mesma medida, Bermejo respondeu do lado gilista, mas não se pode dizer que as coisas tenham mudado radicalmente.

Com um ou outro lampejo de Cédric Téguia ou Jordi Mboula, o jogo encaminhou-se a passos largos do intervalo e apenas o tiro de meia distância de Rúben Fernandes - rasou o poste da baliza de Kewin - fez despertar o público gilista e a claque - cumpriu este sábado 19 anos de existência.

Reentrar a matar e confiar em Kewin

Sem mudanças no reatar, o Moreirense foi a equipa mais ligada na direção do último terço adversário e o golo não tardou a chegar. Solto de marcação ao segundo poste na sequência de um livre cobrado por Alanzinho, Frimpong cabeceou a contar, de nada valendo a tentativa desesperada de corte de Buatu. Regressavam bem melhor os cónegos, impacientava-se o Cidade de Barcelos...

Sem tempo a perder, César Peixoto lançou um muito aplaudido Félix Correia, João Marques e Aguirre na tentativa de agitar as águas. E elas agitaram mesmo! Antes disso, Sandro Cruz ofereceu o golo a Schettine que, talvez surpreendido pela fífia do lateral angolano, visou a baliza de Andrew com uma margem de erro de alguns centímetros.

De seguida, Aguirre criou a melhor situação do Gil em todo o jogo com um cabeceamento que motivou um voo impressionante de Kewin - cruzamento delicioso de Félix Correia - e o jogo, ainda que dividido, passou a estar mais perto da baliza cónega.

Com João Teixeira já em ação, o poder de fogo gilista aumentou e, por duas vezes, o médio luso perigou a baliza visitante. Se à primeira, o guardião brasileiro do Moreirense teve de se aplicar na defesa de um livre, à segunda a tentativa apenas rasou o travessão.

Até ao fim, a tendência mais a favor dos gilistas manteve-se, mas, sempre com um jogo demasiado previsível para furar o denso bloco defensivo dos cónegos, a formação barcelense fez desesperar os quase seis mil espetadores a si afetos que marcaram presença no estádio.

Pelo meio, algumas exceções (mais do que suficientes) podiam ter ditado o empate final. Valeu Kewin, sempre ele, a negar as intenções de Sandro Cruz e Zé Carlos - o que dizer desta última estirada já na compensação?

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