Trétis
·23 de outubro de 2024
Trétis
·23 de outubro de 2024
A derrota estava escrita a partir do momento em que o Athletico nem ensaiou jogar nos primeiros minutos no Maracanã. Quando tinha a bola, ligação direta. Quando não tinha, bloco baixo e compactação para segurar o zero a zero. Funcionou até os 36 do segundo tempo, quando Cano encerrou longo jejum e deu com o rosto na bola para o fundo das redes.
“Vivemos um momento muito complicado, 10 jogos sem vitória. Normalmente um companheiro vai cobrar mais. Precisamos muito da vitória.” – Pablo, após final do primeiro tempo, ao Premiere.
Arrisco dizer que o Athletico não fez primeiro tempo tão pouco criativo na temporada como fez contra o Fluminense. Completamente postado no 5-4-1 em bloco excessivamente baixo, nem ensaiava tentar construir algo. Ligação direta e contra ataques rápidos foram a tônica.
Etapa só foi ver boa chance de gol com Arias, do Fluminense, aos 47 minutos, em enorme defesa de Mycael após erro de Kaíque Rocha. O Athletico chuta duas vezes, com Nikão e Cuello, sem perigo.
Cena marcante fica por conta da reunião dos escalados em campo após o apito final. Thiago Heleno com a palavra, incisivo na crítica. Interpreto que pedia mais determinação dos jogadores de frente na marcação, pelo gestual. Fato é que na marcação, e apenas nela, o Athletico foi bem. Felipinho e Erick combinaram para 12 desarmes.
Times voltam iguais para segunda etapa e, naturalmente, dinâmica se mantém. O Fluminense chega até a abrir o placar com Lima, que estava em posição de impedimento. Na medida em que o tempo passava o jogo ficava mais aberto, dado o desespero dos dois lados.
O Athletico vai acertar o gol pela primeira vez na partida apenas aos 22 do segundo, com Pablo após batida de escanteio de Nikão para grande defesa de Fábio.
Mudanças em ambos os times tentavam mudar cenário. Mano Menezes coloca Marcelo em campo para qualificar criação pouquíssimo efetiva no Flu. Lucho troca Cuello, cansado, por Zapelli e coloca o garoto Emersonn para dar novo gás na referência do ataque.
Centroavante da base do Athletico saiu frente à frente com Fábio e, com 15 gols na temporada pelo sub-20 atleticano em sua memória recente, bate forte, cruzado, mas não conseguiu vencer o goleiro Tricolor. Se o centroavante atleticano perdeu, Cano foi às redes. Argentino não marcava há 19 jogos e aproveitou bate-rebate na área do Athletico, para abrir o placar e dar números finais à partida. Confira sequência de eventos:
Com a derrota, o Athletico perde chance de somar pontos em jogo adiado e permanece com 31, na 18° colocação. Agora com 29 jogos disputados, tem apenas partida contra o Atlético-MG (ainda não marcada pela CBF) como extra na tabela. O Furacão volta a campo contra o Cruzeiro, no domingo (26), às 18h30.
Melhor em campo: Felipinho voltou à titularidade após quatro meses e foi ótimo cão de guarda. Muito pouco exigido ofensivamente, deu continuidade quando se envolveu nas jogadas e foi inteiro nos seis desarmes. Insuficiente para bom resultado, mas destaque em um Athletico apagado.
Pior em campo: Tudo bem que Pablo só recebeu bola quadrada, mas até quando tinha chance de gerar perigo, não conseguiu. Péssimo.
Destaque: Cano marcou com o rosto. A bola bate na coxa do artilheiro, sobe e explode em seu nariz antes de morrer, de mansinho, no fundo das redes.