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Tay Cristófani·29 de março de 2020
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Tay Cristófani·29 de março de 2020
Belarus, no Leste Europeu, é o único país a manter os jogos de futebol em todo o continente, os outros 54 dos 55 filiados à Uefa suspenderam suas competições.
No último sábado (28), inclusive, FC Minsk e Dinamo Minsk fizeram o clássico da capital pela segunda rodada do campeonato nacional. Vitória do FC Minsk por 3 x 2, em jogo com 1750 espectadores.
Mas, por que o futebol continua como se nada estivesse acontecendo? Segundo relatório da OMS, o país tem 94 casos registrados do novo vírus, sem mortes até o momento. Porém, as autoridades locais simplesmente ignoraram o risco de uma epidemia no país.
O presidente Aleksandr Lukashenko classificou o fechamento de fronteiras como uma “bobagem total e absoluta”, e deu sua fórmula para combater o coronavírus.
Tomar uma sauna, beber muita vodka e trabalhar duro para matar o vírus no seu organismo.
Os quase 10 milhões de habitantes da antiga república da União Soviética mantêm a rotina enquanto seus vizinhos europeus combatem a crise. A justificativa de manter as partidas com portões abertos é a de que a medida é melhor do que fechar os estádios e deixar os torcedores se aglomerarem do lado de fora.
Ex-jogador do Arsenal e do Barcelona, o bielorusso Alexander Hleb criticou duramente o fato.
É incrível, ninguém quer saber. Por aqui, todo mundo sabe o que está acontecendo na Itália e na Espanha, está feio demais. Mas os governantes insistem que o vírus não é tão grave quanto as notícias mostram. E muitos jovens também pensam desse jeito.
No clássico de Minsk, alguns profissionais de saúde mediram a temperatura dos torcedores na entrada do estádio, e poucas pessoas foram vistas utilizando máscaras – confira abaixo as imagens da partida.
Fotos: Sergei Gapon/AFP via Getty Images
Foto de destaque: Sergei Gapon/AFP via Getty Images